Alunos no centro do processo de aprendizagem: entenda melhor porque o protagonismo é peça importante na engrenagem educacional.
Protagonista, segundo o Aurélio, é a personagem principal de uma história. O termo é antigo, mas sua inserção na escola é relativamente recente. Na última década, movido pelas rápidas e crescentes transformações no mundo, o setor educacional passou a buscar maior entendimento sobre novas necessidades de ensino.
Buscamos o novo, mas o cenário macro ainda é recheado de perguntas antigas. Como diminuir a evasão escolar? Como desenvolver o senso crítico de uma nova geração de cidadãos? E, o mais importante: como preparar esta geração para a sociedade e o mercado de trabalho?
Para chegar ao protagonismo aplicado em sala de aula é importante afunilar estas questões – ou talvez mudá-las de foco. Um ensino mais ativo, que insere o aluno em experiências de troca de conhecimento, pode fazer com que ele se interesse mais pela escola? A diminuição da evasão passa a ser consequência e não foco.
Pensando o protagonismo
Um dos primeiros expoentes a pensar no ensino como experiência de protagonismo foi Jean Piaget. Biólogo por formação, dedicou boa parte de sua vida acadêmica a analisar como o ser humano adquire conhecimento.
“Piaget, com seus estudos sobre o desenvolvimento cognitivo das crianças e adolescentes, descobriu como eles possuem estruturas de pensamento qualitativamente diferentes dos adultos e vão adquirindo a maturidade em estágios bem definidos, até chegar ao estágio das operações formais, esperado para os adultos da nossa cultura.” – Proposta Pedagógica Labor, Fascículo 2
Para Piaget, o conhecimento só pode ser absorvido por uma criança se ela participar ativamente da aprendizagem. Ou seja: se ela for protagonista daquilo que vivencia em sala de aula.
A extensão desta linha de pensamento para as metodologias pedagógicas é o que tem transformado a forma de pensar e praticar a educação.
Afinal, o que caracteriza uma prática pedagógica de protagonismo?
Durante muito tempo o sonho de todo professor era uma sala de aula cheia, silenciosa, onde os educadores ditavam o ritmo, apontavam as páginas dos livros e passavam as tarefas de casa.
Hoje é possível enxergar um espaço em que os professores são mediadores do conhecimento. A teoria transforma-se em prática: os alunos são incentivados a pesquisar, desenvolver projetos com conteúdos de diversas disciplinas, produzindo trabalhos criativos, concretos. Dessa forma aprendem de fato os assuntos tratados, pois desenvolvem diversas habilidades que são significativas para eles: pesquisam, constroem os trabalhos e sentem orgulhosos ao apresentar os resultados para a classe e escola. O espaço não é mais de mera transmissão de conhecimento, é vivo, é de troca e construção; o professor é o mediador que ensina, é aquele que escuta e orienta e que aprende. Os alunos são protagonistas e se sentem valorizados.
Outra característica importante do protagonismo passa pela criação de conexões entre o conhecimento e a vida moderna. Ensinar aos alunos aquilo que é necessário para que desenvolvam senso crítico. Oferecer atividades diferenciadas para que desenvolva seus talentos. Condições para que elabore seu projeto de vida pessoa e profissional. Resolver, em sala de aula, problemas reais do cotidiano – utilizando sempre diálogo, proposta de soluções, aplicação da proposta, acompanhamento e avaliação.
A sala de aula é o ambiente para construir o conhecimento e aprender em conjunto, sem deixar de lado questões como individualidade e dificuldades de cada um no processo.
A Proposta Pedagógica Labor tem o protagonismo como seu principal pilar. Busca colocar todo o universo da escola – professores, alunos e comunidades – como participantes ativos de um processo que transforma a educação. Auxilia educadores a repensarem suas metodologias e apoia escolas na busca das soluções mais adequadas para suas necessidades.
A Labor acredita que ninguém aprende sozinho. Mas todos podem ser protagonistas de um futuro onde a educação transforma a sociedade.