Temas como diversidade e inclusão estão profundamente ligados. Este é o mundo em que vivemos: é preciso pensar nas diferenças como igualdade – uma das primeiras missões da escola no mundo moderno.
“Diversidade é convidar para o baile. Inclusão é tirar para dançar”
A frase retrata de forma simples os desafios que cercam o tema. A escola é um espaço democrático, diverso. Também é nela que os alunos encontram suas primeiras referências de aprendizagem, socialização, participação, descobrem que são parte de uma sociedade muito mais ampla do que a própria comunidade onde vivem.
No Brasil, o tema faz parte do Plano Nacional de Educação (PNE). A Lei nº 13.005/2014 estipula várias metas para a educação, entre elas, o item 4:
“Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados”.
Por aqui, a inclusão é item do Censo Escolar da Educação Básica do MEC. No levantamento de 2017,o índice aumentou de 85,5% em 2013 para 90,9% em 2017. Mas a maior parte dos alunos não têm acesso ao atendimento educacional especializado: somente 40% conseguem utilizar o serviço. Com este dado é possível perceber que a soma de esforços entre escolas e instituições pode ajudar a mudar o cenário.
Discussão global
A discussão acontece em todo o mundo. A UNESCO é uma das instituições que têm trabalhado o assunto, pautando outras organizações e a própria sociedade para a reflexão. Para tanto, criou em 1960 uma Convenção relativa à Luta Contra a Discriminação no Campo do Ensino.
“Educação inclusiva não é simplesmente tornar as escolas acessíveis. Trata-se de ser proativo na identificação das barreiras e obstáculos que os estudantes encontram na tentativa de acesso a oportunidades de educação de qualidade, bem como na eliminação das barreiras e obstáculos que levam à exclusão.” – UNESCO
O que podemos fazer?
Infraestrutura, capacitação e uma política pedagógica inclusiva. O grande desafio das instituições de ensino está em prover tudo isso à comunidade para mudar os índices da educação brasileira.
O primeiro passo para trabalhar a educação inclusiva é estruturar uma política pedagógica que alcance os alunos de forma efetiva. Educar pensando na diversidade, inserindo o tema e a prática no dia a dia dos alunos. Algumas perguntas para começar a refletir sobre o tema:
• Sua escola tem alunos com deficiência ou alguma necessidade especial?
• Como os professores atuam no ensino destas crianças?
• Os alunos já têm o tema inserido em alguma disciplina regular?
• Há alguma demanda que a escola ainda não consegue atender em relação a este tema?
• Como é a infraestrutura da escola para receber os alunos deficientes? Faça uma lista daquilo que já existe e daquilo que precisa ser melhorado.
• A escola participa de debates com instituições públicas para fomentar o desenvolvimento do assunto?
Quem ainda tem muitos desafios pela frente pode procurar pela Labor Educacional. Há 27 anos, a organização trabalha para transformar a educação no Brasil e conta com projetos de apoio para gestores e professores. Podemos ajudar você a elaborar a sua política pedagógica de inclusão!
- Por Equipe Labor