Uma das grandes críticas ao sistema de ensino tradicional é o fato de muitos estudantes não conseguirem acompanhar o ritmo das aulas e este ano, durante a pandemia, um dos pontos mais discutidos é a falta de acesso às aulas remotas enquanto outros alunos da mesma sala estão dando continuidade ao aprendizado. Ou seja, se antes já tínhamos classes heterogêneas, agora precisamos ter ciência de que no momento pós pandemia teremos alunos em diferentes estágios de aprendizagem.
Então como proceder frente a estes desafios?
A grande influência do Ensino Híbrido na aprendizagem é justamente ter a capacidade de se ajustar à velocidade de cada um — recurso que as aulas tradicionais e presenciais muitas vezes não conseguem com grande assertividade.
Pode-se dizer que a ideia proposta pelos modelos híbridos de aprendizagem centrada no estudante é composta essencialmente da combinação de duas ideias relacionadas: o ensino personalizado e a aprendizagem baseada na competência.
É importante refletir que estudantes da mesma idade não têm as mesmas necessidades, possuem relações diferentes com professores e/ou tecnologias digitais e nem sempre aprendem do mesmo jeito e ao mesmo tempo. E vale também destacar que nem sempre é necessário que toda a turma caminhe no mesmo ritmo. Assim, avançamos gradativamente para outro desafio da educação: a personalização de ensino.
O Ensino Híbrido influencia diretamente a potencialização do aprendizado dos alunos pelos modelos de aula terem maior flexibilidade em relação aos horários e às programações de estudo individualizado, eles podem absorver e adquirir ainda mais autonomia e responsabilidade com suas tarefas, por exemplo, além de desenvolverem outras competências citadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Neste caso, a tecnologia educacional tem um papel determinante nas mudanças pedagógicas defendidas por essa metodologia com o objetivo de personalizar o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes.
Essa personalização pode ser atingida em diferentes níveis:
• Variação de formas e instrumentos de trabalho,
• Múltiplas possibilidades de objetos didáticos,
• Diferentes trajetórias e rotinas de estudo,
• Combinação dessas práticas para atender às demandas do ritmo de aprendizagem de cada aluno.
O que se busca com a personalização de ensino nesse caso é, essencialmente, enriquecer e potencializar os trabalhos que já são realizados nas escolas através das metodologias tradicionais, onde o professor expõe os conceitos sem garantias efetivas de que todos os estudantes estejam de fato entendendo e sem alcançar todos os alunos adequadamente.
O segundo elemento da aprendizagem centrada no estudante citada é a aprendizagem baseada em competências, ou seja, a ideia de que os estudantes devem demonstrar domínio de um determinado assunto a ponto de conseguir propor soluções para problemas apresentados.
Isso implica aspectos de perseverança e determinação, porque os alunos, a fim de progredir, têm de trabalhar nos desafios até que estes sejam resolvidos com sucesso. Se conseguirem passar para o próximo conteúdo escolar sem compreender de fato o anterior pode resultar em lacunas em sua aprendizagem e podem, inclusive, causar maiores dificuldades nos próximos anos letivos.
Portanto é importante que os educadores conheçam como trabalhar com a personalização de ensino e com a aprendizagem baseada em competências para promover um ensino de maior qualidade diante dos desafios da educação moderna.
- Por Equipe Labor